sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Relato escatológico

Antes do conto um pequeno aviso:

Fui acusado de estar começando a escrever bem. Para deixar as coisas claras sobre a qualidade da pseudo-literatura produzida nesse blog, escrevi uma bosta de texto ou um texto de merda, literalmente. Meninas românticas, críticos literários de blog e outros que vieram aqui procurando sensibilidade e algum tipo de qualidade, não recomendo a leitura abaixo. Aos que ainda assim se arriscarem, não digam que não avisei.



- Então, deixa eu te contar... Estava lá no banheiro da avó da mina, já meio apertado pra mijar. Levantei a tampa do vaso botei o troço pra fora, mirei com todo cuidado pra não fazer lambança na casa da véia.

- Sei...

- Porra não faz essa cara, deixa eu contar.

- Pois conte logo.

- Então eu tava lá com o pau na mão, pronto pra desaguar, quando vi aquele cocô me olhando de rabo de olho.

- Peraí, como é que um cocô pode olhar alguém? Ainda mais de rabo de olho?

- Porra! Sabe quando você dá descarga e pensa que a merda desceu, mas ela fica presa e escondida naquele buraco do vaso? Pois é, tinha um bosta lá só com a pontinha pra fora, não dava pra mijar com aquela coisa me encarando, cara.

- Só dar a descarga.

- E o que você acha que eu fiz? Meti o dedão na descarga, xingando a porra do cagão que não desovou o defunto direito.

- Deu sua mijada e foram felizes para sempre

- Porra nenhuma! A merda não desceu. Deu umas piruetas e voltou à tona. Era enorme, mermão! Um imenso cagalhão preto boiando lá no meio daquela louça branca.

- Que merda... Literalmente.

- Meti a mão na descarga de novo, puto da vida. O bicho rodopiou, se dobrou, a água escorreu e ele continuou lá boiando e me encarando... Uma porra duma anaconda de bosta. Eu Tava apertadão, fechei os olhos e mijei em cima dele pra ver se amolecia, terminei o serviço, mandei outra descarga, a água passou de amarela pra incolor de novo e a bosta lá boiando insistente. Provavelmente aquele tolete tava rindo de mim. Eu tava fodido, sem poder sair do banheiro.

- Ué, por que?

- Porra, se eu saísse e deixasse a merda lá boiando iam pensar que eu tinha cagado e deixado a sujeira lá. Cara, nunca que um cagalhão descomunal daqueles ia sair do meu rabo. O cu que cagou aquilo perdeu todas as pregas, se é que ainda tinha alguma. Eu não queria ficar com fama de cagão na família da minha mina... Entende?

- Entendo sim, mas o que você fez?

- Vi que a descarga não ia derrotar o toletão sozinha. Pensei em meter a mão e quebrar o bicho pra ver se ele descia, mas nunca que eu ia botar a minha mão na merda dos outros.

- Pegasse alguma coisa pra cutucar o troço.

- Foi o que fiz, catei aquela vassourinha de limpar o vaso que tava ali do lado, Olhei pro cagalhão com raiva e ataquei. Era duro pra cacete o que me deixou mais puto. Remexi aquilo com força, a água nojenta respingando nas bordas... Desmanchei o tolete, agora parecia uma sopa de bosta no vaso.

- Problema resolvido.

- Porra nenhuma!

- Como não?

- Eu tava lá felizão, olhando praquela água imunda e apertando o botão da descarga. O vaso borbulhou, regorgitou, a porra da água subiu quase até a borda e não desceu. Puta merda! Olhei na minha mão e só tinha o cabo da vassourinha. A porcaria tinha quebrado, quando dei descarga entupiu a porra do vaso.

- Caralho!

- Mermão, eu suava que nem um porco olhando aquele vaso cheio quase até a borda com um negócio que parecia caganeira. Aquela merda remexida fedendo pra cacete. Fiquei lá sem saber o que fazer. Até começarem a bater na porta. Estavam preocupados, eu tinha até perdido a noção do tempo.

- Era a bosta do capeta, cara

- Não zoa, mas tu tem razão, quem defecou aquilo devia estar possuído pelo demo mesmo, cu humano nenhum podia produzir um troço tão nefasto.

- Como acaba a história?

- Derrotado, eu não tentei nem explicar o que tinha acontecido. A família toda já estava me esperando na porta do banheiro. Tomei o remédio pra diarreia que me deram e me mandei pra casa, fingindo não ouvir os risos dos primos da mina.

- Vão te zoar pro resto da vida.

- Que nada, no outro dia liguei e terminei o namoro por telefone mesmo. Não dá pra continuar um relacionamento depois dum negócio desses.

8 comentários:

  1. Todo mundo aí também já teve uma merda insistente da qual não consegue se livrar?

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  2. "Porra, se eu saísse e deixasse a merda lá boiando iam pensar que eu tinha cagado e deixado a sujeira lá."

    Esta é a frase emblemática do conto!

    Sim, mas pelo menos, quando aconteceu, foi com a minha. O jeito é arrumar um pauzinho e coisa que o valha e desfazer o estrago.

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  3. As boas histórias de merda. São clássicas.

    abraço

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  4. kkkkkkkkk Que nojo! Claro, que já teve, o jeito foi pegar um balde, kkkkkkkk Efeito da montila com coca, nunca mais fui pobre pra beber isso. kkkkkkkkk

    Me acabando de rir... kkkkkkkkkk Não paro de rir!

    Bjs ú&e =***

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  5. O moço, apesar de desajeitado, é obstinado. E obediente: como não fez o trabalho, saiu da moita!

    MeninaMisteriosa

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  6. Cara adorei o textos .. sem duvidas! muito bom .. o mais hilario nisso tudo é vc batendo cabeça pra mandar aquele elemento pro inferno! .. uahsuahuha


    Bom ja tive um episodio deste sim, mas foi em ksa, porem era dia de festa e tinha gente na fila do banheiro e essa 'gente' era a minha nova sogra :X

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  7. relacionamento fadado ao fracasso, fato!
    mas a fama de cagão impera, mesmo com o fim do namoro. kkkk

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  8. Ta aí, a vedadeira merda que não afunda, a bosta desagradável que não se toca e desaparece logo ralo abaixo.
    Não importa o que se faça, o que se diga... O inconveniente sempre retorna.

    Haja paciência!

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