quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Xiiiiiiiiiiii

Foi num carnaval, não sei bem de que ano, 2001 ou 2002 talvez. Fazia calor disso eu me lembro bem. Estava lá na minha quando a vi atravessando a rua. Passos bem curtinhos mas apressados. Usava um vestido branco, bem leve e com umas estampas de flores, acho.
Ela contornou o carro parado na calçada, e parou no espaço estreito entre ele e o muro, exatamente onde eu me encontrava. A menina nem me notou e para meu espanto arriou a calcinha até os joelhos agachou, segurou a barra do vestido com umas das mãos e com a outra apoiou no carro, para garantir o equilíbrio. Xiiiiiiiiiiiii, começou a mijar.
Fiquei ali de pé observando a cena insólita, do alto uma visão privilegiada do generoso decote do vestido. “Belos peitos” pensei.
Ela obviamente bêbada, começou a resmungar, até que disse em voz alta:

- Foda-se, porque só os homens podem mijar no meio da rua.
- Isso aí gatinha, direitos iguais – Respondi.

Então ela finalmente notou, eu ali parado de pé segurando o pau e também mijando encostado no muro. Deu para ver a surpresa e a vergonha nos olhos dela, olhou para baixo e provavelmente viu o liquido amarelo que escorria por baixo de suas pernas descendo pela calçada, encontrando com a minha urina espumosa e juntos formando uma pequena poça num rebaixo da calçada até desaparecer embaixo do carro.

- Pervertido, sai daqui.
- Pervertido eu? Estava aqui mijando em paz, antes de você aparecer. Não que eu esteja reclamando, achei até bem legal.
- Sai fora, não vou ficar com um escroto igual você, não achei minha boceta no lixo.
- Quem não quer sou eu. Não achou no lixo, mas tá quase esfregando ela no chão.

Ela levantou furiosa, tentou vir na minha direção, mas esqueceu a calcinha no meio das pernas, cambaleou, ainda a segurei por um dos braços, mas não adiantou, A menina rodopiou e se estabacou de bunda na poça de mijo.
Não consegui evitar o riso, ela derrotada começou a chorar. Ajudei-a a levantar, comprei num vendedor ambulante uma garrafa de água para ela se limpar e uma lata de cerveja para se animar.

- Poxa, desculpa a grosseria, você é bem legal e bonitinho também, posso até te dar um beijo para agradecer.
- Não, não. Sou um escroto e pervertido mesmo. Tô indo nessa, bom carnaval pra você.

Saí andando apressado para ver se ainda alcançava o bloco que já virava a esquina lá na frente.



Nota do autor: Era para ser uma estória engraçada, mas não consigo escrever textos com humor, mesmo depois de ler essas dicas aqui.

4 comentários:

  1. as putinhas são danadas, Fábio.

    abraço

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  2. eu ri, mas só porque sou uma putinha danada.

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  3. putz, eu ri muito aqui...
    e gostei da sua saída pela direita.
    bjs

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  4. gostei é aprimeira vez que vejo uma história regada a mijo rsrsrsrs muito engraçado.

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