Subitamente, sentiu-se triste, mais do que isso, percebeu que não era nada além de só tristeza, como se todos os outros sentimentos o tivessem abandonado, deixando atrás de si apenas uma melancolia esmagadora e cruel.
Olhou a xícara fumegante de café com leite, suspensa na imobilidade da sua enrugada mão direita, e riu.
Riu sonoras gargalhadas que rasgavam aquela tristeza densa, abrindo espaços que, pouco a pouco, foram se enchendo de memórias ternas e doces, alegres e cômicas, até que a tristeza dobrou-se sobre si mesma, voltando à sua condição de nó cego à espera de algo que o desate.
Conto Desencanto
Há 7 anos
Complexo isso...angustiante e triste...muito bem escrito!!
ResponderExcluir[]s
É como o cara disse aí, vc escreve bem, meu irmão.
ResponderExcluirgrande abraço
Eu sempre digo que sei lidar até que bom com o turbilhão de sentimentos que sempre me invade. mas com aquele nó na garganta que as vezes parece travar as pernas, eu nunca sei.
ResponderExcluirVai ver que o segredo é esse, alguém pra desatar..
Adorei!
beijos!
As vezes a tristeza mergulha numa xícara fumegante de café, e a fumaça embaça, pensamentos ruminantes.
ResponderExcluirbeijo
estou precisando de sonoras gargalhadas...
ResponderExcluir